XX Campaña de recolección conjunta de la AHIM realizada entre el 6 y el 8 de mayo de 2014 en Caldas da Rainha (Portugal).
Dia 6/5/2014
PARAGEM 1
Local: Peniche-Baleal, 39° 23’ 44’’ N, 9° 18’ 37’’ W, altitude 0-19m, Exposição N
Biogeografia: Distrito Costeiro-Português
Bioclima: Mediterrânico pluviestacional oceânico, termomediterrânico superior, seco superior
Vegetação dunar formada por:
1- Honkenyo – Euphorbietum peplis
2- Elytrigietum junceo-boreoatlantici
3- Loto cretici – Anmophiletum arundinaceae
4- Armerio welwitschii – Crucianelletum maritimae
5- Chamaemelo mixti – Vulpietum alopecuris
6- Osyrio quadripartitae – Juniperetum turbinatae
PARAGEM 2
Local: Peniche-Cabo Carvoeiro, 39° 21’ 41’’ N, 9° 24’ 30’’ W, altitude 14m, Exposição W
Arenitos e areias sobre calcários com vegetação formada por
1- Scrophulario sublyratae – Suaedetum verae
2- Dactylo marinae – Limonietum plurisquamati
3- Parapholido incurvae – Catapodietum marini
4- Cisto salvifolii – Ulicetum humilis lavanduletosum luisieri
5- Phlomido lychitidis – Brachypodietum phoenicoidis
6- Osyrio quadripartitae – Juniperetum turbinatae
PARAGEM 3
Local: Peniche-S. Bernardino, 39° 18’ 38’’ N, 9° 20’ 41’’ W, altitude 27m, Exposição W
PARAGEM 4
Local: Caldas da Rainha, Foz do Arelho, Quinta do Bom Sucesso, 39° 25’ 27’’ N, 9° 13’ 55’’ W, altitude 2-
5m, Exposição N
PARAGEM 5
Local: Caldas da Rainha, Foz do Arelho, Lagoa de Óbidos, 39° 24’ 11’’ N, 9° 12’ 59’’ W, altitude 1m,
Exposição E
Sapal baixo com Spartina densiflora e sapal alto com Sarcocornia perennis, subsp. perennis
Dia 7/5/2014
PARAGEM 1
Local: Teira, Rio Maior, 39° 23’ 44’’ N, 8° 55’ 31’’ W, altitude 175 m, Exposição SW.
Bioclima: Mediterrânico pluviestacional oceânico, mesomediterrânico inferior, sub-húmido inferior.
Solo profundo derivado de calcários do Cretácico descarbonatados e compensado hidricamente.
A vegetação potencial que ocorre neste local é um sobral de Asparago aphylli-Quercetum suberis, cuja
orla espinhosa é um silvado / abrunhal bravo do Rubo ulmifolii-Prunetum insititioidis. A orla sombria é
uma comunidade hemicriptofítica dominada por Cheirolophus sempervirens: Leucanthemo sylvatici-
Cheirolophetum sempervirentis. Nas clareiras mais abertas, em solos profundos, observa-se o arrelvado
Phlomido lychnitidis-Brachypodietum phoenicoidis. O tojal Anthyllido maurae-Ulicetum jussiaei pode
ocorrer nos locais onde o solo se encontra mais erosionado. Ao longe nos rochedos calcários observa-se
o carrascal Melico arrectae-Quercetum cocciferae.
PARAGEM 2
Local: Portela das Cruzes, Casais Monizes, Rio Maior, 39° 27’ 19’’ N, 8° 54’ 26’’ W, altitude 410 m,
Exposição E.
Bioclima: Mediterrânico pluviestacional oceânico, mesomediterrânico superior, húmido superior.
Solo derivado de calcários cársicos do Jurássico.
O local visitado sofreu um forte incêndio há 27 anos, encontrando-se a vegetação em recuperação. A
vegetação potencial é um azinhal de Lonicero implexae-Quercetum rotundifoliae, que só está
representado por uma ou outra azinheira dispersa. O carrascal de Quercus coccifera, Quercus x airensis
e Quercus rotundifoliae (Quercetum coccifero-airensis) é a comunidade mais alta que se observa.
Ocorre, ainda que de forma empobrecida, uma orla hemicriptofítica de Origanum virens: Stachyo
lusitanicae-Origanetum virentis variante de Anthyllis maura. O arrelvado vivaz Phlomido lychnitidis-
Brachypodietum phoenicoidis encontra-se entre rochas em solos mais profundos, formando mosaicos
com o tomilhal Teucrio capitati-Thymetum sylvestris, este em solos completamente decapitados. Na
Primavera, nas clareiras, observa-se o prado anual Anthyllido lusitanicae-Brachypodietum distachyae.
PARAGEM 3
Local: Arrimal, Porto de Mós, 39° 27’ 19’’ N, 8° 54’ 26’’ W, altitude 330 m, Exposição NW.
Bioclima: Mediterrânico pluviestacional oceânico, mesomediterrânico superior, húmido superior.
Vala numa encosta com solo profundo derivado de grés do Cretácico com elementos argilosos siliciosos
e toalha freática superficial. A vegetação é um carvalhal tempori-higrófito de Quercus pyrenaica com
Populus nigra, Oenanthe crocata, Scrophularia scorodonia, Arum italicum, Hedera hibernica, Ranunculus
ficaria, Iris foetidissima, Brachypodium sylvaticum, etc. que designamos por Oenantho crocatae-
Quercetum pyrenaicae. A orla é um silvado do Rubo ulmifolii-Prunetum insititioidis constituído por
Rubus ulmifolius, Prunus spinosa subsp. insititioides, Crataegus monogyna subsp. brevispina, Tamus
communis, Rosa canina, Lonicera hispanica, etc. Nas clareiras observa-se o arrelvado Trifolio pratensis-
Phalaridetum lusitanicae formado entre outras por Phalaris coerulescens subsp. lusitanicae, Trifolium
pratense, Trifolium repens, Trifolium squamosum, Trifolium resupinatum, Trifolium lappaceum, Poa
pratensis, Dactylis lusitanica, Prunella vulgaris, Holcus lanatus, Mentha suaveolens, Plantago lanceolata,
Cynodon dactylon, Lolium perenne, Mentha pulegium, Agrostis castellana, Heracleum sphondylium,
Cynosurus cristatus, Achillea ageratum, Medicago arabica.
PARAGEM 4
Local: Alvados, Porto de Mós, 39° 32’ 34’’ N, 8° 45’ 54’’ W, altitude 260 m, plano.
Bioclima: Mediterrânico pluviestacional oceânico, mesomediterrânico inferior, húmido inferior.
Solo coluvionar, profundo, derivado de calcários do Jurássico.
A vegetação potencial é um cercal do Arisaro-Quercetum broteroi em que domina Quercus faginea
subsp. broteroi com Laurus nobilis e numerosas espécies nemorais. A orla sombria hemicriptofítica é o
Stachyo lusitanicae-Origanetum virentis ondem ocorrem Origanum virens, Stachys germanica subsp.
lusitanica, Sedum forsterianum, Agrimonia eupatoria, Calamintha nepeta, Clinopodium vulgare, Silene
latifolia, Brachypodium sylvaticum, etc. O arrelvado vivaz Phlomido lychnitidis- Brachypodietum
phoenicoidis também se observa de uma forma fragmentada nas clareiras.
PARAGEM 5
Local: Polje de Minde, 39° 30’ 51’’ N 8° 41’ 42’’W, altitude 195 m, depressão plana.
Bioclima: Mediterrânico pluviestacional oceânico, mesomediterrânico inferior, húmido inferior.
Solo argiloso derivado de depósitos do Quaternário, com uma submersão por um período mais ou
menos longo durante o Inverno e que no Verão sofre uma forte dessecação.
A vegetação potencial é o bosque Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae quercetosum broteroi
constituído por Fraxinus angustifolia, Quercus faginea subsp. broteroi, Clematis campaniflora, Crataegus
monogyna subsp. brevispina, Arum italicum, etc. A orla espinhosa é o silvado Clematido campaniflorae-
Rubetum ulmifolii. Nas clareiras observa-se um arrelvado vivaz dominado por Hordeum bulbosum
acompanhado de Gaudinia fragilis, Agrostis castellana, Arabis lusitanica, Cynodon dactylon, Convolvulus
arvensis, Dittrichia viscosa, Lolium perenne, Lolium multiflorum, Lolium rigidum, Chamaemelum nobile,
etc.
Dia 8/5/2014
PARAGEM 1
Local: Casais da Boa Vista, Caldas da Rainha, 39° 29’ 07’’ N, 9° 10’ 53’’ W, altitude 55 m, Exposição W.
Matos sobre substrato calcário com Ulex densus, Salvia sclareoides, Eryngium dilatatum , Anthyllis
vulneraria subsp. maura, Carex hallerana , Daucus crinitus, Bartsia aspera, Staehelina dubia, Elaoselinum
gummiferum, Iberis procumbens subsp. microcarpa e outras.
PARAGEM 2
Local: Foz da Ribeira de Salir, Salir do Porto, Caldas da Rainha, 39° 30’ N, 09° 09’ W, altitude 4-50 m,
Exposição variável.
Várias situações interessantes como o juncal dominado por Juncus maritimus, que se desenvolve em
solos arenosos temporariamente encharcados por água doce.
Salir do Porto (Caldas da Rainha), depressão dunar, 20 m2: Características: 4 Juncus maritimus, 2 Juncus
acutus, 1 Agrostis stolonifera, 1 Trifolium repens, + Holoschoenus australis, + Galium palustre, +
Trifolium resupinatum, + Rumex crispus; companheiras: + Juncus bufonius, 1 Panicum repens.
PARAGEM 3
Local: S. Martinho do Porto, Caldas da Rainha, 39° 30’, 51’’ N, 09° 08’ 24’’ W, altitude 47 m, Exposição
W.
Comunidade aero-halina de arribas calcárias com Limonium plurisquamatum , Dactylis marina,
Crithmum maritimum, Plantago occidentalis, Daucus halophilus, Calendula algarbiensis , Limonium
ovalifolium , Spergularia australis, Armeria welwitschii subsp. cinerea, Limonium virgatum , Helichrysum
decumbens, Frankenia laevis, Beta maritima, Parapholis incurva, etc.
PARAGEM 4
Local: Praia do Salgado, Serra de Mangues, 39° 32’, 48’’ N, 09° 06’ 37’’ W, altitude 20 m, Exposição W.
( A flora não traz novidades, mas o passeio é lindo!)
PARAGEM 5
Local: Monte de S. Bartolomeu, Nazaré, 39° 35’, 32’’ N, 09° 03’ 10’’ W, altitude 110 m, Exposição
variável.
Comunidade psamofílica dominada pelo Stauracanthus genistoides, Corema album e Ulex europeus
subsp. latebracteatus.
Stauracantho genistoidis-Coremetum albi
Características: Stauracanthus genistoides V, Corema album V, Helichrysum virescens V, Cistus salvifolius
V, Halimium calycinum IV, Halimium halimifolium IV, Lavandula lusitanica III, Cistus crispus II, Lavandula
luisieri I, Cytinus hypocistis I, Iberis welwitschii +;
Diferenciais da Ericion umbellatae: Ulex latebracteatus V, Calluna vulgaris IV, Genista triacanthos II,
Erica umbellata II, Pterospartum tridentatum I, Tuberaria lignosa I, Erica scoparia I, Agrostis curtisii I,
Erica australis +, Simethis mattiazii +
PARAGEM 6
Local: Praia do Norte, Nazaré, 39° 36’, 40’’ N, 09° 05’ 00’’ W, altitude 0-14m, Exposição W.
Vegetação dunar, frente ao canhão da Nazaré, onde se registam das maiores ondas do mundo
(http://www.hidrografico.pt/noticia-ondas-gigantes-nazare.php)
